A inclusão de educandos com necessidades especiais nas classes comuns é uma realidade nas escolas estaduais da Bahia. Com mais de quatro mil estudantes com Transtorno do Espectro Autista (TEA) matriculados na rede estadual de ensino, o Governo do Estado, por meio da Secretaria da Educação do Estado (SEC), oferta suporte e garante acesso e permanência escolar desses estudantes por meio de políticas educacionais inclusivas. Para marcar o Dia Mundial de Conscientização do Autismo, celebrado nesta quarta-feira (2), cerca de 300 participantes, entre estudantes, familiares, professores e coordenadores pedagógicos, participaram de uma caminhada com o tema “Dia Mundial de Conscientização do Autismo – reflexões e ações para a inclusão”, no bairro de Ondina, na capital baiana.
A caminhada saiu do Centro de Atendimento Educacional Especializado Pestalozzi da Bahia e percorreu ruas de Ondina até o Monumento Meninas do Brasil (conhecido como Praça das Gordinhas), reunindo estudantes, familiares, professores e coordenadores pedagógicos. O objetivo da ação foi sensibilizar a comunidade e promover o debate sobre a importância da inclusão social e educacional das pessoas com autismo.
Presente na caminhada, a superintendente de Políticas para a Educação Básica da SEC, Helaine Souza, falou sobre a importância da data e da assistência dada pelo Estado a todos os estudantes com autismo. “Esta é uma data muito importante para a gente lembrar, especialmente, dos esforços que o Governo do Estado tem feito para garantir uma educação inclusiva. Nós estamos no Centro de Atendimento Educacional Especializado Pestalozzi da Bahia, que é uma escola referência no atendimento de pessoas com autismo. Atendemos estudantes das redes estadual, municipal e privada. É um esforço do governo para garantir uma educação que atenda e alcance todas as pessoas”.
Alexandre Fontoura, coordenador de Educação Inclusiva da SEC, destacou que, para além da celebração do Dia Mundial de Conscientização do Autismo, a caminhada é um momento de chamar a atenção da sociedade para entender o processo de inclusão da pessoa com TEA. “Hoje, a gente abre o movimento para olhar não só para o autismo, mas para as barreiras que se constroem socialmente para que esse o sujeito seja incluso na sociedade
e reafirmar que a educação é para todos. É o momento de chamar a atenção da sociedade para entender que esse processo de inclusão social precisa ter um olhar para o atendimento qualificado nas próprias unidades escolares, garantindo todo o suporte necessário dentro do processo de escolarização que esses estudantes precisam e que está garantido por lei”, frisou.
Além da caminhada, também está sendo realizada uma feira de ação social e intervenções culturais, que buscam fortalecer as redes de apoio e ampliar as discussões sobre inclusão.
Jaciara Maria Santos Oliveira, mãe de Paulo Henrique Santos Souza, 26 anos, estudante do Pestolazzi, ressaltou a importância das políticas de inclusão do Governo do Estado para estudantes com TEA. “Meu filho é autista e é muito importante ver essa mobilização. No começo, eu tinha medo de que ele fosse excluído, mas hoje vejo que ele é acolhido por todos, especialmente pela escola onde estuda. Este evento acontece todos os anos e é uma forma de mostrar que nossos filhos não devem ficar escondidos. Como mães, devemos nos sentir felizes e orgulhosas, porque eles fazem parte do mundo e precisam ser vistos e respeitados como são,” ressaltou.
A programação do Mês de Conscientização do Autismo prossegue ao longo de abril, com a formação de líderes de classe, nesta quinta-feira (3), para orientar como apoiar estudantes autistas. A formação abordará práticas de inclusão no ambiente escolar. Já no dia 25, será realizado um encontro com professores, coordenadores pedagógicos e gestores escolares, que discutirão abordagens educacionais para promover o desenvolvimento e a aprendizagem dos estudantes com TEA.
Texto: Elisabeth Guerra/ASCOM SEC
