ABAPA CAPACITA COLABORADORES E COMUNIDADE EM OPERAÇÃO E MANUTENÇÃO DE PIVÔ AGRÍCOLA

Os sistemas de irrigação complementar através de pivôs são fundamentais para a agricultura irrigada no Oeste da Bahia, possibilitando a produção em áreas onde as chuvas são escassas ou têm distribuição irregular. Pensando nisso, a Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa) lançou o primeiro programa direcionado à tecnologia aplicada na utilização de pivôs agrícolas. Gratuito e aberto à colaboradores das fazendas associadas e membros das comunidades locais, a capacitação em Operação e Manutenção de Pivôs Agrícolas está acontecendo no período de 23 a 25 deste mês, no Centro de Treinamento e Tecnologia (CT) da entidade, em Luís Eduardo Magalhães, na Bahia.

No curso, que acontece em período integral durante três dias, os participantes aprendem a operar o pivô agrícola, além de outros pontos importantes, como os cuidados com a segurança do operador e do equipamento, operação de painéis eletrônicos, manutenções preventivas e corretivas, entre outros aspectos.

“Primeiro, analisamos a parte legal — a legislação envolvida. Ou seja, o que é necessário para que o dono do pivô, ou da propriedade que deseja implantar um sistema de irrigação por pivô central, possa se documentar corretamente. Depois, entramos na estruturação do pivô: como ele é projetado e com qual finalidade, já que existem diversos modelos, cada um adequado a uma necessidade específica. Outro ponto fundamental é a localização. Onde esse pivô será instalado? Isso envolve estudar as características do terreno. É preciso garantir que a água seja aplicada na medida certa: nem em excesso, nem em falta, sempre atendendo às necessidades da cultura”, explica o instrutor do curso, Jack Marçal de Azevedo.

Ele detalha que, nesse processo, também é analisada toda a parte de montagem e manutenção do sistema. “Há uma série de componentes eletromecânicos que precisam ser observados com atenção e, no curso, eles estudam tudo isso, peça por peça. Desde o sistema de captação até toda a estrutura que faz o pivô funcionar de fato, incluindo também aspectos específicos de programação, importantes para o bom desempenho do equipamento”, pontua Marçal, que tem formação em engenharia agronômica.

Apesar da alta demanda por mão de obra qualificada neste segmento, a região Oeste da Bahia ainda sofre com a escassez de profissionais disponíveis para atuar na operação e manutenção de pivôs. “Trabalhar com pivô pode até parecer fácil à primeira vista, mas não é bem assim. Existem tarefas rotineiras, sim, mas também há situações bem específicas que exigem mais atenção. Normalmente, os problemas no pivô acontecem justamente nos horários mais complicados — à noite ou de madrugada. Outra questão importante é a capacidade de identificar e interpretar defeitos para conseguir resolvê-los. E nem todo mundo tem essa habilidade, mesmo quem já trabalha com pivô há bastante tempo. Às vezes, é necessário buscar ajuda ou ter acesso a uma informação mais aprofundada para lidar com certos problemas”, conclui Marçal.

A próxima turma está prevista para acontecer no dia 30 de maio. As inscrições podem ser feitas através do telefone: (77) 99829-9092 ou do e-mail: [email protected]. O curso tem o apoio do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) e do Sindicato dos Produtores Rurais de Barreiras e parceria com especialistas da Valley Sistemas de Irrigação.

 

25.04.2025

Imprensa ABAPA

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